Xilogravura é a técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz. É um processo muito parecido com um carimbo.
É uma técnica que se entalha na madeira, com ajuda de instrumento cortante, a figura ou forma que se pretende imprimir. Em seguida usa-se um rolo de borracha embebecida em tinta, tocando só as partes elevadas do entalhe. Daí imprime-se sobre papel ou outro suporte adequado por meio de prensa ou com a colher de pau.
É uma técnica bastante simples e barata, por isso se presta tão bem às ilustrações das capas dos folhetos de cordel. Para termos uma idéia desta simplicidade, basta saber que muitos gravadores fabricam suas próprias ferramentas de corte com pregos, facas, estiletes, por exemplo, para conseguirem diferentes efeitos no desenho
Um pouco de História
Xilogravura originária da palavra grega Xilon (madeira), é uma técnica artística desenvolvida através de desenhos feitos sobre o suporte da madeira com instrumentos cortantes denominados de goivas, sendo posteriormente entintados e impressos em números o quanto desejar, das quais essas imagens produzirão originais múltiplos.
A xilogravura surgiu provavelmente na Índia ganhando força com os chineses a partir dos avanços tecnológicos na área da impressão, sobretudo com a invenção do papel. Difundiu-se pelo Japão e lá foi bastante explorada pelos samurais, os quais lhe deram uma leveza aparente na técnica quanto ao uso da linha e da cor. Viajou com os navegantes portugueses desembarcando no Brasil por volta do século XVI. Aqui a xilogravura vai impulsionar o surgimento dos primeiros gravadores brasileiros que perceberam nessa arte uma oportunidade criativa de se comunicar e de produzir figuras sacras.
Foi no nordeste brasileiro que a xilogravura ganhou destaque e demarcou território unindo força com a cultura popular (arte do cordel). Essa arte se fez povo em total harmonia com versos, ilustrando fatos, histórias, lendas e símbolos de sua cultura.
Sergipe nesse contexto exerceu um forte papel na contribuição do fomento e da produção de xilogravuras, principalmente nos anos 60 e 70 com os artistas plásticos Leonardo Alencar e Otaviano Canuto, posteriormente passando por um período inerte e sem grandes repercussões na produção dessa técnica. Desde 2005, com o surgimento do projeto GRAVURA DE INVERNO, idealizado pelo artista visual e xilógrafo sergipano Elias Santos e pela arte-educadora Silvane Azevedo a xilogravura ganha forças, o qual tem contribuído pela sua difusão e resgate no estado levando oficinas e exposições para mais de 20 municípios sergipanos.
Materiais
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| Madeira |
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| Goivas |
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| Espatulas |
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| Rolinho |
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| Prensa |
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| Impressão em colher de pau |
