segunda-feira, 28 de março de 2011

GRAVURA CHEGA EM ILHA DAS FLORES

Desde 10 de março o Gravura de Inverno movimenta a cena cultural da cidade ribeirinha do São Francisco, Ilha das Flores. Com a parceria da Secretaria Municipal de Cultura e da Associação de Pescadores de Ilha das Flores, o projeto inicia a oficina de xilogravura com o artista visual Elias Santos e mobiliza cerca de 40 crianças e jovens para despertar o olhar sobre a cultura de sua comunidade.
Emoldurada pelo Rio São Francisco, Ilha das Flores apresenta uma beleza e toda uma vida que gira em torno desse bem natural. A pesca e o plantio do arroz são alguns dos frutos que este afluente beneficia a população. E com arte não será diferente. A garotada vê no rio sua maior inspiração. A oficina de Ilha das Flores promete!





GRAVURA DE INVERNO NO BNB DE CULTURA 2011

O Gravura de Inverno foi contemplado mais uma vez no Programa BNB de Cultura, tendo o patrocínio do BNDES, Banco do Nordeste e Governo Federal. Com o objetivo de atingir todos os 75 municipios sergipanos para divulgar a arte da xilogravura, o projeto através do BNB de Cultura,atingiu os municípios sergipanos de General Maynard, Moita Bonita, Carmópolis, Itabaiana, Areia Branca, Porto da Folha, Lagarto, Nossa Senhora das Dores, abrangendo aproximadamente 400 pessoas, entre crianças, jovens e adultos que despertaram seus talentos, tendo na xilogravura um instrumento para divulgar a cultura da sua comunidade.
Em 2011 o projeto será realizado nas cidades de Ilha das Flores e Santa Luzia do Itanhy, uma no norte e outra no sul sergipano.


               ILHA DAS FLORES




           Inicialmente chamada de Ilha dos Bois por ter nascido de um curral de gado, posteriormente teve seu nome devido a grande quantidade de flores nativas que cobriam as suas terras. Banhada pelo rio São Francisco e cercada pelos Riachos Bongue e Aterro, Ilha das Flores possui 53 Km². Sua história tem origens em 1826 com a chegada dos padres jesuítas, que precisaram de encontrar um local onde plantariam capim para alimentar o gado, daí ilha dos bois. Os jesuítas foram expulsos da cidade 10 anos depois, pelas tropas portuguesas, porem na região manteve-se tradição da criação de gado.  Ilha das Flores somente foi elevada a categoria de município em 1959.
É um município do território do Baixo São Francisco sergipano com um dos IDH-M mais baixos do estado 0,584 (PNUD, 2000). Possui a tradição do Bom Jesus do Navegantes, iniciada em 1944 e atualmente é realizada todos os anos no terceiro domingo de janeiro. Possui um forte postencial turístico, devido principalmente ao rio São Francisco.
Ilha das Flores está inserida no Território da cidadania Baixo São Francisco-SE segundo delimitações do Ministério da Integração Nacional - MDA.

SANTA LUZIA DO ITANHY


Santa Luzia do Itanhy trata-se da povoação mais antiga de Sergipe, com a presença da tribo indígena Tupinambás. Sua fundação coincide com as primeiras tentativas de colonização do solo sergipano, pelos portugueses. No século XVI chegaram a região os Padres Jesuítas Gaspar Lourenço e seu irmão de hábito João Solenio, acompanhados por alguns colonos e um grupo de soldados, aí conquistando o território apenas pelo Evangelho. Aí os Padres Jesuítas fundaram uma igreja sob a invocação de São Tomé e à sua frente uma cruz com 80 palmos de altura e ainda casas para moradia. A 1ª missa celebrada foi assistida por índios que pertenciam a nação Tupinambás. Em 1698 a aldeia foi elevada à categoria de Vila por ordem do Governador da Bahia D. João de Lencastro, com o nome de Vila Real de Santa Luzia. Mudando o nome para Santa Luzia do Itanhy em 1948, sendo que “Itanhy” era o nome que os indígenas davam ao rio da região, o rio Real.
Fica localizada no território do Sul Sergipano, distribuída em uma área de 330 km³. Segundo o Mapa da Exclusão Social no Brasil¹, Santa Luzia do Itanhy apresenta o maior índice do Estado com 65,92% IES, e confere também o pior IDH-M com 0,545 (PNUD, 2000), configurando-se como o município mais pobre de Sergipe. Santa Luzia possui várias comunidades tentando sobreviver da pesca, da extração do coco, da mandioca. Abriga nos seus limites desde vilas de pescadores, comunidades remanescentes de quilombo, no povoado Crasto e assentamento dos sem-terra, em Mocambo e Cajazeiras, com mais de 200 famílias.